2012 e a Ascensao Planetaria

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Beleza DisForme da Existência


Sinto a Vida em tudo o que eu vejo,
Sinto o universo se dilatando em tudo o que eu toco,
Sinto que eu podia me afogar em tantas
e diversas emoções e sensações que meu cérebro
e meu corpo produzem em minha alma,
E me dá repentinamente tanta, mais tanta vontade de chorar,
Ao imaginar que um dia não estarei mais nesse mundo paradoxal
A fim de sentir tudo o que o meu Ser e este Universo
estranho jorram
No âmago de minha alma.
Sinto-me tão abençoado em existir,
Independentemente do quê, ou de quem,
Ou de que fatores contribuíram para que todo ser
e algo existente viessem a existir.
Existir: sentir isso com toda a intensidade que minha
Consciência possa conseguir e ultrapassar;
E depois viver,
Viver todas as alegrias e tristezas que há na Vida,
E contemplar todo esse Oceano Cosmológico
e enigmático que reside em cada coisa, em cada átomo,
em cada partícula, e em cada ser...
Deus meu!
Eu queria poder exprimir com frases o que minhas
percepções captam de tudo o que há na Vida e no Universo.
Mas eu não consigo...
Pois eu acho tão belo, tão simples e ao mesmo tempo
tão indecifrável a Tudo,
A Todos,
Até a mim mesmo!!
Serei eternizado na ampulheta metafórica do Tempo,
Mesmo sendo meu ser finito,
Mesmo que em algum dia o próprio Universo
E tudo o que reside Nele venha a morrer,
A se decompor,
Resultando em um Nada Caótico incomensurável,
Mesmo assim,
Nada poderá apagar o interstício de Minha Existência.
E isso me leva a querer aproveitar cada nano-segundo
que a Vida e Meu Corpo
Permitem-me usufruir.
Fluir: Flui alma minha
Em todos os lagos, rios e oceanos;
Flui alma minha
Em todos os fótons e átomos escondidos nas pedras,
nas árvores, e nos animais,
no Orgânico e no Inorgânico,
No visível e no invisível,
No Empírico, no Concreto, no Hipotético
e no além do Abstrato;
Flui e caminha e devaneia alma minha
No dorso de todas as Idéias, Conceitos, Definições,
e Equações já pensadas, e nas outras que ainda hão de vir.
Flui minha alma em toda a Existência,
Em todas as estrelas, cometas, galáxias, e universos
paralelos e interdimensionais.
Flui ó meu Ser
Em todos os Dualismos do Cosmo, das Emoções
e dos Pensamentos.
Flui ó meu Ser
No coração abstrato de todas as divindades que já
percorreram na História da Humanidade,
E leva tudo o que habita de mim e em mim
Para Tudo e para Todos,
Até mesmo para o Estômago insaciável do Nada e da Morte.
Flui e percorre ó minha alma
Para todos os Labirintos existenciais da Vida e do Pensar.
Existo e Vivo,
Até o último instante de fôlego que se movimenta em meu corpo,
Vou continuar a existir, a viver, a pensar, a criar, a escrever,
a sentir, a fluir, a copular (sem contatos físicos) com Tudo
o que há neste Universo.
Uni-Verso,
Versos Unidos e UniFicados pelas mãos sofridas do Poeta.
_ Deus, perdoa-me,
Pois eu cogito que sei muito bem o que penso, escrevo,
imagino e faço.
E se tu ó Deus não existires,
Eu perdoarei a Tua Inexistência e as Minhas Ilusões
.
Gilliard Alves

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