2012 e a Ascensao Planetaria

sábado, 25 de abril de 2009

Osho...



"... Se você estiver mais sensível, você estará desapegado;
ou, se você estiver desapegado, você se tornará mais e
mais sensível. Sensibilidade não é apego, sensibilidade
é percepção. Somente uma pessoa perceptiva pode ser
sensível. Se você não for perceptivo, você será insensível.
Quando você é inconsciente, você é totalmente insensível
- quanto mais consciência, mais sensibilidade. Um Buda
é totalmente sensível, ele tem máxima sensibilidade,
porque ele sentirá e estará ciente de sua total capacidade.

Quando você é sensível e consciente, você não pode ser
apegado. Você será desapegado, porque o próprio
fenômeno da consciência quebra a ponte, destrói a
ponte, entre você e as coisas, entre você e as pessoas,
entre você e o mundo. A inconsciência, a falta de
perceptividade, é a causa do apego.

... Se você está alerta, a ponte de repente desaparece.
Quando você fica alerta não há nada que ligue você
ao mundo. O mundo existe, você existe, mas entre
os dois a ponte desapareceu. A ponte é feita de sua
inconsciência. Assim sendo, não pense que você ficou
apegado porque você está mais sensível. Não. Se
você estiver mais sensível, você não ficará apegado.

O apego é uma qualidade muito grosseira, não é
sutil. Para o apego, você não precisa estar consciente
e alerta. Não há nenhuma necessidade.... Para o
apego, a consciência não é necessária; ao contrário,
a consciência é a barreira. Quanto mais consciente
você se torna, menos você será apegado, porque a
necessidade de apego desaparece. Por que você quer
estar apegado a alguém? Porque sozinho você sente
que você não se basta.

Você sente falta de alguma coisa. Algo fica incompleto
em você. Você não é inteiro. Você precisa de alguém
para completá-lo. Daí, o apego. Se você está consciente,
você está completo, você é inteiro - o círculo está
completo agora, não está faltando nada em você - você
não precisa de ninguém. Você, sozinho, sente uma
total independência, uma sensação de inteireza.

... Isso não quer dizer que você não amará as pessoas;
ao contrário, somente você pode amar. Uma pessoa
que seja dependente de você não pode amá-lo: ela o
odiará. Uma pessoa que precisa de você não pode
amá-lo. Ela o odiará, porque você se torna o cativeiro.
Ela sente que sem você ela não pode viver, sem você
ela não pode ser feliz, então, você é a causa das duas
coisas, da felicidade e da infelicidade dela. Ela não
pode se dar ao luxo de perdê-lo e isso lhe dará uma
sensação de aprisionamento: ela é sua prisioneira
e se ressentirá disso; ela lutará contra isso.

As pessoas odeiam e amam ao mesmo tempo, mas
este amor não pode ser muito profundo. Somente
uma pessoa que seja consciente, pode amar, porque
esta pessoa não precisa de você. Mas, então, o amor
tem uma dimensão totalmente diferente: ele não é
apego, ele não é dependência.

A pessoa não é sua dependente e não o fará dependente
dela: a pessoa permanecerá uma liberdade e lhe
permitirá permanecer uma liberdade. Vocês serão
dois agentes livres, dois seres totais, inteiros, se
encontrando. Esse encontro será uma festividade,
uma celebração - não uma dependência. Esse encontro
será uma alegria, uma brincadeira
".
Osho, The Book of the Secrets.

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