2012 e a Ascensao Planetaria

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

PRECE DE UM APRENDIZ DE GUERREIRO


Que nos venha este dia que amanhece.
Que nos chegue em toda sua glória e
esplendor e nos mostre a fragilidade
humana frente ao infinito.

Que dos confins de nós mesmos venha
algum grito ali prensado. Que salte a
nossa frente e virando-se em nossa
direção nos derrube sem receio. E nos
mostre a fragilidade dos velhos
hábitos que ainda usamos.

Que lembremos dos tantos sonhos que
inibimos. Que essas sombras que dançam
em nossa volta deixem escapar um cínico
sorriso e que saibamos rir de nós mesmos
nas tantas faces em que nos entrevemos.

Que nossa pele seja sempre sensível
ao toque alheio. Que esse toque nos revele
a tela do coração que se anuncia no tempo
que vem. E que girando a roda da oportunidade
nos deixemos embalar nas velhas cantigas
que já esquecemos.

Que nossa rigidez deixe de ser a fortaleza
que nos priva de mundos. Que a saudável
ironia seja a brincadeira das eternas
crianças numa roda de cura indiscreta.
Que nossa mente exale o frescor do perfume
de uma primavera constante em nós.
E que tudo isto não seja simplesmente
um desejo.

Que não sejam apenas palavras escritas e
mortas, assassinadas pela pouca energia
que dispomos... Mas sim, eu evoco, sejam
sementes. Sementes vindas no vento de nossa
luta. Esse mesmo vento que não cessa...
Jamais.... E que fará de nossa vida uma
louca aventura que intentamos.
Julian Corvo

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