2012 e a Ascensao Planetaria

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Não fique triste, fique irritado!


A raiva e a tristeza são a mesma coisa.
A tristeza é raiva passiva e a raiva é tristeza ativa.
É difícil para uma pessoa triste ficar irritada.
Se você conseguir se irritar em vez de ficar triste,
sua tristeza desaparecerá imediatamente.
Da mesma forma, é muito difícil uma pessoa
irritada ficar triste.
A tristeza é um antídoto para a raiva.
Em todas as nossas emoções permanece uma
polaridade básica - homem e mulher, yin e yang,
macho e fêmea.
A raiva é um sentimento masculino e a tristeza,
um sentimento feminino.
Assim, se você estiver em harmonia com a tristeza,
será difícil deslocar-se em direção à raiva, mas eu
gostaria que você tentasse.
Coloque-a para fora, deixe-a agir.
Faça o que for necessário, mas coloque a
raiva para fora!
Se você puder oscilar entre a raiva e a tristeza,
conseguirá uma transcendência sobre elas e poderá,
então, observar os jogos e escaramuças desses dois
sentimentos e ir além de ambos.
Mas, primeiro, você precisa se mover com facilidade
nesse cenário. Caso contrário, a tendência é que você
se entristeça - e isso dificulta a transcendência.
Lembre-se de que quando duas energias opostas são
semelhantes - uma é o espelho da outra - é muito
fácil se livrar delas.
Na medida em que a tristeza e a raiva lutam entre si,
acabam se anulando mutuamente - o que o deixa livre
para sair desse círculo vicioso.
Mas se houver 70% de tristeza e 30% de raiva, as coisas
se tornam muito difíceis porque isso significa que
restarão 40% de tristeza e, nesse caso, você não poderá
sair da situação com facilidade.
Esses 40% ficarão dentro de você.
Essa é uma das leis básicas sobre as energias interiores:
deixe as polaridades opostas entrarem em equilíbrio
para que você possa escapar despercebido.
É como se as pessoas estivessem tão entretidas umas
com as outras que nem percebem que você escapuliu.
O importante é transformar isso em um exercício diário
- não espere que a raiva ou a tristeza apareçam.
Fique irritado diariamente: pule, movimente-se, grite
e coloque suas emoções para fora.
Ao conseguir expressar a raiva pela raiva, aparentemente
sem motivos, você ficará muito feliz, pois se sentirá livre.
Do contrário, mesmo a raiva é controlada pelas situações,
não por você.
Se não puder fazê-la surgir, como a deixará partir?
No começo pode parecer um pouco estranho, porque você
sempre acreditou na teoria de que a raiva é o resultado
de um insulto ou da ação de outra pessoa.
Isso não é verdade.
A raiva sempre esteve lá, esperando por uma
"desculpa" para vir à tona.
Por isso, encontre uma desculpa para si mesmo: imagine
uma situação que o deixaria louco de raiva.
Fale com a parede, xingue, grite, perca a cabeça -
a parede logo estará rebatendo cada xingamento.
Você tem que trazer a raiva e a tristeza para o mesmo
patamar, de maneira que elas se anulem mutuamente.
Só então você se sentirá livre.
O filósofo grego Georges Gurdjieff costumava dizer que esse
era o caminho do homem "esperto" - colocar as energias
internas em tamanho conflito que elas lutem entre si e
se anulem, de forma que você possa escapar.
Osho, em "Uma Farmácia Para a Alma"

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